terça-feira, 31 de março de 2009

Governo prorroga redução de impostos para veículos e construção

Por Ana Carolina Dinardo

Com o intuito de amenizar os impactos da crise financeira global sobre a economia brasileira, o governo divulgou ontem a prorrogação, por mais três meses, da redução do IPI sobre os veículos.Assim como anunciou mais medidas em outros setores,como motocicletas e construção civil, que ganharam insenção da cofins, que de 3% cai para zero. E na construção civil a alíquota do IPI foi reduzida em quase 30 itens, de cimentos e tintas a dijuntores e chuveiros elétricos. Essa redução valerá também por três meses e devem cair em 8%.

Para compensar a renúncia fiscal, avaliada em R$1,675 bilhão, o governo aumentou o PIS e Cofins sobre a indústria do tabaco que resultará o aumento de 20% , para as marcas mais baratas e 25% para as marcas mais caras, ou seja, a alíquota subirá para 23,5% e a de PIS/Cofins para 70%. A espectativa de ganho com esse aumento na tributação dos cigarros será de R$975 milhões num período de maio a dezembro.

O Ministro da Fazenda,Guido Mantega, declarou que com o aumento dessa arrecadação, na indústria do tabaco, o dinheiro servirá para pagar a outras desonerações. Em presença do Ministro do Desenvolvimento,Miguel Jorge e ao vice-presidente José Alencar que disse que as medidas são consideradas mais políticas do que propriamente técnicas e assinou o decreto sobre o IPI dos carros e construção e devem ser publicados hoje no Diário Oficial da União.

Além dessas medidas o plano econômico acrescenta a inclusão da regulamentação das empresas, de construção civil, que terão suas alíquotas reduzidas de 7% para 6% e para o novo Plano de Habitação do governo Minha casa Minha Vida deverá ser reduzida de 7% para 1%. O que se espera é que ocorra uma recuperação nas vendas mediante a crise financeira mundial, que nos primeiros meses deste ano reduziram 12%.

Os efeitos dessas medidas que foram absorvidas pelas empresas, as ações na Bolsa de Valores de São Paulo ( Bovespa) fecharam em alta. As ações da Souza Cruz reduziram em 6,2% porém o analista, Felipe Casoti, avalia que com o impacto no faturamento da empresa a alteração na demanda não será significativa mediante a elevação dos preços.