segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Apelar para quê?

Vanessa V. Gomes

Em meu contato no período de oito meses em uma delegacia distrital da Baixada Fluminense, pude observar diversas situações a respeito da falta de informação com aqueles que pagam seus impostos e não são diretamente beneficiados.

Todos querem resolver os seus problemas, mas esse “todos”, devo dizer que é uma questão contraditória, pois implica com a posição pessoal de todo brasileiro: o individualismo.

Todo brasileiro é individualista? Sim, todos nós somos mesquinhos, todos nós queremos saber de ter o nosso emprego, pagar nossas devidas contas, fazer tudo de acordo como as leis impostas pela sociedade. O grande problema esta aí. Somos individualistas, esquecemos que além dos direitos ainda temos os deveres. Ricos ou pobres são individualistas.

Quando eu comentei no primeiro parágrafo que a informação não chega à classe desfavorecida e que o sistema contribui para essa desordem gratuita.É porque a população não sabe o poder que tem, fica a ver navios, e quando isso acontece apela por apelar. É. Veja bem, os impostos deve ser investidos em saúde pública, segurança pública. Então apelar para quê? Apelar por algo que temos direitos e não sabemos? Apelar para imprensa que não informa devidamente os órgãos que são nossos aliados?

Conflito de interesses, onde a minoria sabe o que precisa e onde recorrer, enquanto o resto, mulas, ficam alienados a emissoras que não acrescentam nada em suas mentes pequenas, vale ressaltar a contribuição da prefeitura na saúde pública; greves e mais greves, sem contar dos recentes filmes de ações entre policiais e traficantes que sempre resultam na morte de um trabalhador.

Depois você chega atrasado à empresa onde trabalha, porque teve uma manifestação com direito a ônibus carbonizados na via de acesso do Rio de Janeiro. Ou seja, na hora de criticar vale acabar com a vida do outro, mas na hora de ajudar, quantos fazem isso?

O brasileiro além carnaval e futebol é reconhecido pela tamanha criatividade em sua vida malandra, mas não porque os genes têm a ver com essa história, mas sim pela necessidade de sustentar uma família com quatro pessoas e com um salário mínimo que mal sustenta dois. Mas essa criatividade nos últimos anos não foi muito bem usada. Apenas para criticar e criticar, já que criticar evita a fadiga. Além de individualistas, somos presunçosos.

Um comentário:

Ana Carolina Dinardo disse...

Exatamente.A Máfia pública nos persegue e nos assombra com as suas irregularidades.