Pena de Morte e as Reais Prioridades do Brasil

Por Renata Brás
O aumento e a banalização da violência nos dias atuais acende mais uma vez a polêmica sobre a adoção da pena de morte como punição para crimes hediondos. Não seria uma boa solução, pois envolve uma profunda mudança nas leis, no sistema judiciário e prisional do país.
O Brasil necessita urgentemente de uma mudança em seu Código Penal. O Código é ultrapassado e suas leis não são mais compatíveis com a nossa realidade. Os crimes precisam ser julgados e punidos de acordo com a sua gravidade, nem mais, nem menos do que isso.
A justiça no nosso país é lenta e ineficaz, a burocracia e a quantidade de recursos, que apesar de perfeitamente legais, são um insulto a nossa consciência, levam todo o sitema a beira do colapso. Logo, uma punição tão severa como a pena de morte levaria muito tempo para ser julgada.
Seria um grande erro instituir a pena de morte em um país onde a máquina pública precisa de grandes reformas em todas as suas áreas. O país não está pronto para assumir tal responsabilidade, o que poderá acarretar vários erros graves e causar a morte de pessoas inocentes.
Nesse momento o Brasil pede uma reflexão sobre as prioridades públicas. Pena de morte, legalização da maconha, legalização do aborto, etc, são temas de grande relevância, porém a melhoria das escolas, otimização dos hospitais e postos de saúde e uma reestruturação das polícias são de extrema urgência. Não é possível clamar por paz enquanto os cidadãos honestos, dignos, que pagam seus impostos continuarem sofrendo com o descaso do poder instituído em relação aos princípios básicos de uma democracia. Enquanto não houver essa profunda reflexão por parte de toda uma sociedade, esse país não poderá se vangloriar dessa pseudo - democracia.